sexta-feira, outubro 20, 2006

Sala dos Passos Perdidos

Exposição do
Grupo de Desenho Passos Perdidos

Abertura: Quinta-feira 26/10 , às 19h
de 27/10 a 24/11

de terças a sextas, das 14h às 19h
Visitas poderão ser agendadas pelo telefone (051) 33125164.

SUBTERRÂNEA
Av.Independência, n° 745 (subsolo)
Porto Alegre.



A exposição Sala dos Passos Perdidos é o resultado de uma ação conjunta do grupo de desenho Passos perdidos.

O espaço escolhido para a exposição, a galeria-atelier Subterrânea, é o próprio local onde os artistas vem se reunindo.

O desenho tem esse aspecto de atividade “subterrânea,” alicerce de todo processo de criação. Pode-se dizer que o processo do desenho está nos subterrâneos da arte, nos primórdios, na necessidade primeira de riscar e arriscar.

Durante um mês, os desenhistas trabalharam, juntos e ao mesmo tempo, diretamente sobre as paredes laterais da galeria-atelier. Já na parede frontal, cada um delimitou um campo de atuação no qual mostra sua caligrafia individual, ficando evidenciadas as semelhanças e diferenças na composição da identidade do grupo.

O nome do grupo e da exposição vem da expressão francesa salle des pas perdus, que faz referência às salas de espera das estações de trem, nas quais os passageiros transitam provisoriamente. Associou-se o processo do desenho ao estado de deriva onde o destino é ainda distante, percorrido por gestos perdidos, descaminhos e acasos.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Passos Perdidos

Um dos objetivos do grupo de desenho Passos Perdidos é pensar as especificidades do desenho como uma linguagem que ainda tem muito a ser explorada.



Os artistas, todos vinculados ao Instituto de Artes/UFRGS em Porto Alegre, encontram-se regularmente há cerca de um ano propondo atividades coletivas, “correndo o risco” a dez mãos.
Para isso, criaram algumas regras básicas: manter a crueza do desenho, eliminar os artifícios da massa e da cor, optar pelos materiais mais rudimentares como lápis grafite e papel.



Como esboço é idéia, projeto, o desenho, por muito tempo, esteve a serviço de outras linguagens, carregando para si o estigma de inacabado. Tracejar, em geral, é ainda tatear, contornar alguma coisa. A linha, por muito tempo, esteve atrelada à idéia da forma. Se revisarmos a história da arte recente, são poucos os desenhistas que se liberaram da figuração e da narração.

Linhas são compostas por pontos que se deslocam no espaço. Configuram a ponta de um gesto ritmado pelo corpo que se desloca através do fluxo livre do pensamento. Um pensamento específico que só o exercício gráfico articula, permite e provoca.